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transtorno do panico

Entenda o Transtorno do Pânico

Publicado em 6 de março de 2012 por admin

 

O Transtorno (antigo distúrbio) do Pânico, é nitidamente diferenciado de outros tipos de ansiedade, o mesmo é caracterizado por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente incapacitantes. Posteriormente a uma crise de pânico, enquanto se estava realizando alguma atividade como dirigir, fazendo compras em uma loja com muita gente ou dentro de um elevador, o paciente poderá desenvolver medos irracionais (chamados fobias) decorrentes desses eventos, e começar a evitá-los. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir tais proporções que o paciente com o transtorno do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo por o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem transtorno do pânico com agorafobia.Desta forma, o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves, a menos que ela receba tratamento eficaz e seja compreendida pelos demais.

 

Sintomas

*Palpitações (o coração dispara);*Sudorese;*Dispneia (falta de ar),*Tremor;*Fraqueza muscular,*Vertigens ou sensação de debilidade;*Tontura, atordoamento, náusea;*Sensação de desmaio;*Sensação de infarto, derrame, pressão na cabeça;*Medo de morrer;*Aperto no peito;*Medo de perder o controle, fazer algo embaraçoso;*Angustia;*Sensação de “estar sonhando” ou distorções da percepção da realidade;*Medo de fazer as coisas simples como viajar, dirigir, ir a lugares com muita gente, cinema, feiras e etc.

 

Causas

*Predisposição genética;*Abuso de medicamentos;*Doenças físicas;*Drogas ou álcool;*Reação a um estresse ou situação difícil.

População atingida

Em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 a 40 anos), que se encontram na plenitude de suas vidas profissionais. O perfil da personalidade das pessoas que sofrem do transtorno de personalidade costuma apresentar aspectos em comum:

*Geralmente são pessoas extremamente produtivas a nível profissional;*Costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres;*São bastante exigentes consigo mesmos;*Não convivem bem com erros ou imprevistos;*Tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos;*Alto nível de criatividade;*Perfeccionismo;*Excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas;*Pensamento rígido;*Competente e confiável;*Tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras.

 

Esses “sintomas” acabam por predispor essas pessoas a situações de estresse acentuado, fato que pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do transtorno do Pânico.

Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao Transtorno do Pânico.

 

Tratamento

 

Se o tratamento com um médico psiquiatra, utilizando medicamentos como antidepressivos e ou ansiolíticos, visando restabelecer o equilíbrio bioquímico cerebral numa primeira etapa, consequentemente acabará diminuindo os sintomas físicos e psíquicos provocados pela patologia (desequilíbrio bioquímico).

Para trabalharmos a ansiedade se faz necessário na grande maioria dos casos o acompanhamento de um psicoterapeuta para diminuir e/ou acabar com:

*Ansiedade;*Fobias;*Enxergar a doença de forma diferente.

 

Para a eficácia do tratamento do pânico é de fundamental importância que o paciente não se isole, tenha muita vontade de se curar e sempre que necessário solicitar ajuda de profissionais, familiares ou amigos.

É necessário que o paciente entenda todas as peculiaridades que envolvem este mal e que queira fazer uma boa “aliança terapêutica” com seu médico no sentido de juntos superarem todas as adversidades que poderão surgir na busca do seu equilíbrio pessoal.

 

PS: O Transtorno do pânico, não é loucura, nem “frescura”. Infelizmente é comum que os distúrbios psíquicos sejam interpretados como simples fraqueza de caráter.

 

Mônica P. Mussolino – Enfermeira
COREN-SP: 185772

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